Polícia Civil prende suspeito de matar ex com pauladas e incendiar corpo em MG: 'Nutria sentimento de posse'
01/10/2025
(Foto: Reprodução) Mandado de prisão preventiva foi cumprido nesta terça
Montagem/g1
A Polícia Civil prendeu um homem de 38 anos investigado por matar a ex-companheira, de 33, na zona rural de Taiobeiras, no Norte de Minas.
O crime ocorreu no dia 12 de setembro e o corpo da mulher foi encontrado carbonizado em uma estrada, ao lado da moto dela, conforme noticiou o g1.
O casal havia se separado recentemente e, segundo a Polícia Civil, o homem “nutria um sentimento de posse sobre a mulher”.
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“Conforme apurado, mesmo com uma medida protetiva em vigor, ele atraiu a vítima para um local isolado, sob o pretexto de entregar dinheiro para as filhas do casal. No local, ele a golpeou com um pedaço de madeira na cabeça, causando traumatismo cranioencefálico que levou à morte. Em seguida, ateou fogo ao corpo na tentativa de ocultar o crime”, informou a PCMG.
Corpo da vítima foi encontrado ao lado da moto dela
Polícia Militar
O corpo foi localizado após a família acionar a Polícia Militar informando que a vítima havia saído para encontrar o suspeito e não retornou. Ele também enviou um áudio para o irmão e confessou ter matado a mulher.
Desde o dia do crime, o suspeito permanecia escondido em uma mata e nesta terça-feira (30), a PCMG recebeu informações sobre a localização dele e cumpriu o mandado de prisão preventiva.
“Desde o início, mobilizamos equipes e realizamos diversas operações em áreas rurais na tentativa de localizá-lo. A prisão representa um passo fundamental para a responsabilização do autor e para a garantia de justiça à vítima e sua família”, falou o delegado Thiago Cavalcante.
A PCMG informou ainda que, paralelamente às buscas, foram mantidas tratativas com a defesa do investigado, após contato feito pelo advogado, que sinalizou o interesse do cliente em se entregar.
Ele foi interrogado logo após a prisão e permaneceu em silêncio.
Indiciamento
O inquérito que investiga o caso foi concluído com indiciamento do suspeito por feminicídio majorado por emboscada, impossibilidade de defesa da vítima e descumprimento de medida protetiva, além de tentativa de ocultação de cadáver. Se condenado, as penas somadas podem ultrapassar 50 anos de prisão.
Ele foi levado para o presídio e está à disposição da Justiça.
Histórico de violência
O suspeito e a vítima foram casados por 14 anos. No dia do crime, a PM informou que nesse período, a mulher sofreu agressões constantes e ameaças.
No dia 18 de julho deste ano, a PM atendeu uma ocorrência de violência doméstica envolvendo ambos. Na ocasião, a vítima foi levada para um local seguro.
Após esse registro, a mulher foi encaminhada para a Rede de Proteção de Taiobeiras, por meio da qual recebeu assistências jurídica e psicossocial, além de apoio financeiro para custeio de aluguel e alimentação. Com escolta policial, retirou seus pertences da residência que dividia com o ex-companheiro.
A PM informou ainda que a vítima foi aconselhada a não manter contato com o homem, porque ela já tinha medida protetiva contra ele.
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