MG terá o primeiro laboratório de reciclagem de ímãs de terras raras do Hemisfério Sul

  • 14/09/2025
(Foto: Reprodução)
MG terá o primeiro laboratório de reciclagem de Ímãs de terras raras do Hemisfério Sul O primeiro laboratório de reciclagem de superimãs de terras raras do Hemisfério Sul deverá entrar em operação no final de 2026, em Poços de Caldas, no Sul de Minas Gerais. 📲 Siga a página do g1 Sul de Minas no Instagram A estrutura irá operar por meio de uma associação entre a mineradora Viridis, que está em processo de licenciamento para a exploração de terras raras no Brasil, e a Ionic, que detém tecnologia para a separação de óxidos de terras raras de materiais. Superimãs são utilizados em equipamentos dos setores energético, médico e de transporte. Reprodução/TV Globo O processo funciona como uma mineração urbana que utiliza ímãs em fim de vida útil, que foram utilizados de diversos tipos de equipamentos, como aparelhos de ressonância magnética, veículos elétricos e aerogeradores. Este material passa por um processo de separação dos elementos de terras raras que são novamente captados com alto grau de pureza e podem ser reutilizados. “Esse ímã vai passar por um processo de separação de todos os elementos terras raras que contém lá dentro e a gente consegue também trazer esse material separado em óxidos, com uma vantagem de um alto grau de pureza, que permite que a gente consiga reaplicar esses óxidos na manufatura de um novo ímã. É um modelo totalmente voltado para a economia circular”, afirmou o diretor de Desenvolvimento de Negócios da Viridium, empresa dona do laboratório, Gabriel Longo. O neodímio é um dos elementos terras raraas empregado para fabricar os poderosos ímãs Getty Images via BBC O novo empreendimento terá capacidade para reciclar mais de 30 toneladas de ímãs por ano, o que deve gerar 10 toneladas de elementos de terras raras. O material gerado pelo laboratório será destinado ao Centro de Inovação e Tecnologia para Ímãs de Terras Raras (CIT SENAI ITR), em Lagoa Santa, também em Minas Gerais, que é o primeiro laboratório-fábrica de ligas e ímãs de terras-raras do Hemisfério Sul. LEIA MAIS: Corrida por terras raras: descoberta de jazida em MG atrai mais de 100 pedidos de mineração Cratera de vulcão em MG pode suprir 20% da demanda global por terras raras, minerais estratégicos cobiçados pelos EUA 'Terras raras': jazida sobre vulcão inativo no Sul de MG pode colocar o Brasil na liderança da transição energética 'Terras raras' são ponto-chave na geopolítica mundial, e Brasil tem potencial na área; entenda MP investiga pedidos de licença ambiental para exploração de terras raras no Sul de MG Separação e refino Amostras de argila e solo com terras raras retiradas em Minas Anova Mineração RCO Mineração A pedra fundamental do novo laboratório foi lançada na sexta-feira (12) no terreno de 2.071,35 m² no Distrito Industrial, que foi doado pela prefeitura, por meio do programa "Avança Poços". Com um investimento de R$ 51 milhões, o empreendimento deverá gerar 50 empregos e tem o objetivo de atender toda a América Latina. O processo que será aplicado no Brasil foi testado na planta da Ionic em Belfast, capital da Irlanda do Norte, e dará um fim sustentável aos ímãs que, até o momento, não têm uma destinação adequada. “Esses ímãs, em algumas ocasiões, foram para empresas que fabricam vergalhão de ferro para ser fundido, o que é uma grande perda, porque a gente está falando de um material extremamente rico e, em alguns casos, pararam em aterros, o que também é uma pena, além de incorrer em alguns outros prejuízos e problemas”, afirmou Longo. O novo laboratório deverá receber, inclusive, os equipamentos resultantes da desativação do Maglev-Cobra, trem de levitação magnética do Rio de Janeiro, que deve gerar toneladas de material para ser processado. Na Viridium também serão testados os processos de separação dos minérios de terras raras da argila iônica que será extraída da na mina que será construída pela Viridis na caldeira de Poços de Caldas. “Essa tecnologia de reciclagem é um processo igual, mas com menos complexidade que separar o carbonato de terras raras da argila. Na reciclagem de ímãs, você tem dois, três componentes de terras raras. São normalmente fáceis de separar. Quando você pega o carbonato (produto produzido na mina), ele tem todos os 17 elementos de terras raras. Então a complexidade é maior, mas o método é o mesmo. A gente vai usar essa mesma tecnologia para iniciar a oferta de óxidos que virão da mina”, explicou o gerente da Viridis, Klaus Petersen. Veja mais notícias da região no g1 Sul de Minas

FONTE: https://g1.globo.com/mg/sul-de-minas/noticia/2025/09/14/mg-tera-o-primeiro-laboratorio-de-reciclagem-de-imas-de-terras-raras-do-hemisferio-sul.ghtml


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